Fizemos um experimento para saber se nossos seguidores nas redes sociais conseguiam identificar um vídeo gerado com recursos de inteligência artificial de outro produzido pelo método tradicional. O resultado nos surpreendeu
Ricardo Tadashi, 37 anos, sócio da Jabuticaba Conteúdo, assumiu em março o cargo de Chief Artificial Intelligence Officer (CAIO), com a tarefa de incorporar a inteligência artificial ao dia a dia da empresa. Atualmente, há recursos de IA que podem ser utilizados em todas as etapas da produção audiovisual, do roteiro à edição, sem contar as facilidades na produção de textos que ficaram populares com o Chat GPT. Tadashi idealizou e produziu um experimento sobre o uso da IA em vídeos, usando sua imagem e voz, que consistiu no seguinte:
Primeiro, no nosso Estúdio, ele foi gravado com equipe e equipamento profissionais, mas contando a história da Branca de Neve.
Depois, fez o upload da gravação e de um roteiro original num programa de inteligência artificial. O programa usou a imagem e a voz originais de Tadashi para criar um novo vídeo, que você pode assistir no nosso LinkedIn.
O resultado era um dos episódios de uma websérie, divulgada durante os meses de abril e maio, na qual profissionais da Jabuticaba contam sobre os bastidores do nosso novo posicionamento estratégico. Todos os seis vídeos, com exceção do de Tadashi, são originais.
Para finalizar, nossa equipe de mídia social publicou uma enquete nas redes da Jabuticaba pedindo para as pessoas dizerem qual entre dois dois vídeos da mesma série, o de Tadashi, feito com AI, e outro, com produção tradicional. Um terço dos participantes erraram qual dos dois havia sido gerado com inteligência artificial.
Tadashi conta sobre o experimento neste vídeo que usa tanto sua voz e imagem originais quanto o material gerado por inteligência artificial.
Chat GPT explica os riscos do uso da IA em vídeos
Perguntamos ao Chat GPT, a ferramenta de inteligência artificial generativa lançada no final de 2022 pela Open AI, quais os riscos de usar a inteligência artificial (IA) na produção de vídeos. Obtivemos a seguinte resposta.
Aqui estão alguns dos principais riscos do uso da Inteligência Artificial em vídeos:
Desinformação e deepfakes: A IA pode ser usada para criar vídeos falsos altamente realistas (deepfakes), que podem ser usados para espalhar desinformação, manipular a opinião pública ou prejudicar a reputação de indivíduos.
Perda de empregos: A automação de tarefas tradicionalmente realizadas por editores, roteiristas e outros profissionais pode levar à redução de empregos na indústria de produção de vídeos.
Dependência excessiva da tecnologia: A confiança excessiva em ferramentas de IA pode diminuir a criatividade humana e a originalidade, resultando em conteúdos que são produzidos de maneira genérica e repetitiva.
Questões de privacidade: A coleta e análise de grandes volumes de dados de usuários para personalização de conteúdo levantam preocupações sobre a privacidade e a segurança desses dados.
Viés algorítmico: Algoritmos de IA podem perpetuar e amplificar vieses existentes se forem treinados com dados tendenciosos, resultando em conteúdos que não representam adequadamente todas as partes da sociedade.
Controle de direitos autorais: A IA pode gerar novos conteúdos ou remixar existentes de maneiras que desafiam as atuais leis de direitos autorais, criando disputas sobre propriedade intelectual e uso justo.
Qualidade variável: Embora a IA possa automatizar muitas tarefas, a qualidade do conteúdo gerado automaticamente pode ser inconsistente, exigindo ainda a supervisão humana para garantir padrões elevados.
Manipulação ética: O uso de IA para alterar a realidade nos vídeos pode levantar questões éticas, especialmente em contextos jornalísticos e documentais, onde a precisão e a autenticidade são cruciais.
Esses riscos precisam ser gerenciados cuidadosamente por empresas e profissionais da indústria para garantir que os benefícios da IA possam ser aproveitados sem comprometer a integridade, a criatividade e a segurança."