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O planeta não pode esperar mais

Atualizado: há 5 dias

Encontro da Jabuticaba Conteúdo discute os riscos do não-engajamento das empresas na pauta climática, como a mídia pretende cobrir a COP30 e como os eventos extremos já estão afetando a produção de vinho


Ricardo Assumpção, entrevistado por Maria Tereza Gomes: emergência climática já está cobrando seu preço
Ricardo Assumpção, entrevistado por Maria Tereza Gomes: emergência climática já está cobrando seu preço

A Jabuticaba recebeu na quinta-feira (30) cerca de 40 convidados para um encontro muito especial: COP30 e Vinho: Um Brinde a um Futuro Possível. Na pauta, um debate sobre sustentabilidade em três aspectos: os riscos do não-engajamento, a cobertura da mídia na COP30, e o impacto das mudanças climáticas na viticultura. Maria Tereza Gomes, fundadora e CEO da Jabuticaba Conteúdo, conduziu as conversas com os dois primeiros palestrantes: Ricardo Assumpção, sócio da EY, e Natália Viri, editora da revista EXAME. Ao final, tivemos a sommelière Andrea Beller .


Ricardo Assumpção abriu a conversa, falando sobre o custo global do impacto dos eventos climáticos extremos no ano passado, que foi de US$ 750 bilhões, dinheiro que não estava previsto nas modelagens de negócio de nenhuma empresa no mundo. Para ele, as coisas tendem a piorar. "Por isso, a COP30 é a COP da implementação. O planeta não pode esperar mais".


Ricardo acredita que a relação que devemos ter com a sustentabilidade deve ser a mesma que temos com a internet: “temos que levá-la para tudo o que a gente faz”. Também ressaltou o enorme potencial do Brasil para as questões ligadas à transição energética, citando como exemplo Santa Catarina que, apesar de ser o estado brasileiro com menor potencial de produção de energia solar, é capaz de produzir mais energia solar do que toda a Alemanha. 

“Precisamos de pragmatismo. Não dá mais para ficar em números hipotéticos, pois o planeta não pode esperar. A COP30 é a COP da implementação”- Ricardo Assumpção, sócio EY

Natalia Viri falou sobre a cobertura que a revista Exame fará da COP30
Natalia Viri falou sobre a cobertura que a revista Exame fará da COP30

Natalia Viri, a segunda convidada da noite, falou sobre os desafios de cobrir as conferências do clima, uma tradição na revista EXAME. Segundo ela, Belém traz alguns desafios adicionais por causa da logística. "Está difícil conseguir hotel, os preços estão exorbitantes, mas estamos tentando fazer uma cobertura mais propositiva, reconhecendo os desafios, mas mostrando as alternativas: como conseguir espaço lá? Onde se hospedar?", diz Natalia. Ela falou ainda que a revista terá um Espaço EXAME, no Shopping Belém, da Allos, com uma exposição de suas coberturas de COP. Segundo ela, a EXAME vai enviar para a capital paraense uma equipe de cerca de dez pessoas, entre jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas, e que conseguiu hospedagem há alguns meses, antes de os preços explodirem.


O jornalista americano Jeffrey Lewis, que por doze anos foi correspondente do Wall Street Journal no Brasil, participou do evento enviando um vídeo no qual fala sobre sua expectativa de cobertura jornalística internacional em Belém. Segundo ele, haverá um esvaziamento da cobertura pelos veículos americanos, mas os grandes veículos europeus devem enviar equipes próprias. Os demais vão usar conteúdos gerados por agências de notícias como BBC, EFE e France Press. Assista ao depoimento dele abaixo.



O encerramento ficou por conta de Andrea Beller, com uma apresentação sobre o impacto das mudanças climáticas na viticultura, conversa acompanhada pela degustação de três vinhos orgânicos escolhidos especialmente para a ocasião.


Andrea Beller: viticultura já sente os impactos da crise climática
Andrea Beller: viticultura já sente os impactos da crise climática

Entre outras informações, Andrea revelou que, assim como acontece com todos os produtos agrícolas, a produção de vinho também tem gargalos do ponto de vista da sustentabilidade - no caso, a fabricação de garrafas e de rolhas. “O sobreiro leva cerca de 25 anos para produzir cortiça pela primeira vez – depois disso, o intervalo entre uma extração e outra é de aproximadamente nove anos. Ou seja, esse é um tipo de cultura que deve desaparecer com o tempo, pois não é economicamente viável”, contou ela.  


Da mesma forma, a fabricação de garrafas também tem implicações ambientais, pois consome muita energia e recursos naturais. Para diminuir a pegada de carbono na fabricação e no transporte, as vinícolas vêm adotando recipientes mais leves, o que também contribui para reduzir custos. “Por isso, precisamos parar de torcer o nariz para tampas de rosca e rolhas sintéticas e para vinhos que vêm em outros tipos de embalagem”.


Clique neste link para assistir à íntegra do evento COP30 e Vinho: Um Brinde a um Futuro Possível





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