CEO da Jabuticaba modera debate com executivos de comunicação da Vivo, Klabin e Banco do Brasil. Entenda as diferenças entre os termos
Evento na Aberje (da esq. para a direita): Sergio Freire, Maria Tereza Gomes, Fernando Rodrigues e Carime Kanbour
Qual é a importância dos ratings, rankings e índices de ESG para a reputação das empresas? Para discutir este tema, a Aberje realizou, no dia 17 de setembro, em sua sede, em São Paulo, um debate mediado pela jornalista Maria Tereza Gomes, CEO da Jabuticaba Conteúdo. O painel contou com a participação de Carime Kanbour, gerente de Comunicação, Reputação e Relações Institucionais da Klabin; Fernando Rodrigues da Silva, gerente de Estratégia ESG da Vivo; e Sergio Gonçalves Freire, gerente executivo de Relacionamento com a Imprensa, Comunicação Interna e Reputação da Marca do Banco do Brasil. Os três destacaram o papel dos rankings, ratings e índices ESG para a construção de reputação e a criação de valor para as empresas, desde que sejam tratados com estratégia, transparência e engajamento de todas as áreas envolvidas.
Na abertura do evento, Douglas Cantu, gerente de eventos da Aberje, destacou a importância dos rankings como ferramentas de comunicação. Ele lembrou aos presentes que a tarefa de realizar as inscrições para rankings, com suas diversas metodologias, é uma responsabilidade que envolve várias áreas da empresa e exige coordenação estratégica da Comunicação. Em seguida, Maria Tereza fez uma breve apresentação para mostrar as diferenças entre ratings, rankings, índices e certificações. Resumidamente, essas são as principais diferenças entre eles:
Ratings: Avaliação individual de uma empresa com base em critérios ESG.
Rankings: Comparação entre empresas para identificar líderes e retardatários.
Índices: Conjunto de empresas selecionadas com base em critérios ESG.
Certificação: Auditoria externa que valida a adoção de boas práticas ESG por meio de uma verificação independente.
“Foi inspirador ver como essas organizações estão liderando essa jornada e reforçando suas reputações com base em ESG. A transparência e o compromisso com práticas sustentáveis são, sem dúvida, fundamentais para construir um futuro mais resiliente”, escreveu Rodrigo Amaral, head de marketing e comunicação da Arcadis, multinacional fornecedora de soluções sustentáveis de design, engenharia e consultoria, que atua em mais de 30 países, em seu perfil no LinkedIn. Já Sergio Freire, do Banco do Brasil, escreveu após o evento: “Poder compartilhar ideias com o Fernando, da Vivo, e a Carime, da Klabin, me proporcionou ótimas reflexões. Meu agradecimento à Maria Tereza pela excelente moderação.”
Assista à íntegra do evento na página da Aberje no Youtube.
No Brasil, várias classificações e índices de ESG são amplamente reconhecidos e influentes tanto para investidores quanto para empresas que buscam fortalecer suas práticas de sustentabilidade. Veja alguns dos mais importantes:
Ratings ESG
- MSCI ESG Ratings: Um dos ratings mais influentes globalmente avalia empresas com base em seu desempenho em questões ambientais, sociais e de governança. As empresas brasileiras que buscam investidores internacionais frequentemente monitoram seu desempenho neste rating.
- S&P Global ESG Scores: fornece uma avaliação detalhada do desempenho ESG das empresas. Os relatórios de ESG da S&P são usados tanto por investidores quanto por analistas para avaliar o risco e a sustentabilidade das empresas.
- Sustainalytics: parte do grupo Morningstar, oferece ratings ESG que avaliam empresas com base em sua exposição e gestão de riscos ESG. É amplamente utilizado por investidores institucionais e fundos de investimento.
Rankings ESG
- CDP: avalia empresas em categorias como mudança climática, segurança hídrica e gestão florestal. Empresas brasileiras frequentemente participam do CDP, que atribui pontuações e rankings baseados na transparência e gestão de seus impactos ambientais.
- Corporate Sustainability Assessment (CSA) da S&P Global: é uma avaliação detalhada que classifica empresas com base em seu desempenho em critérios ESG. Os resultados deste ranking são usados para determinar a inclusão no Índice de Sustentabilidade Dow Jones (DJSI).
Índices ESG
- Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3: reúne empresas que demonstram alto desempenho em práticas ESG e é uma referência para investidores que buscam empresas comprometidas com a sustentabilidade.
- Índice Carbono Eficiente (ICO2) da B3: inclui empresas que se destacam em sua eficiência em emissões de carbono. É uma iniciativa conjunta da B3 e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), focada em promover práticas mais sustentáveis em relação ao carbono.
- Dow Jones Sustainability Index (DJSI): Embora seja um índice global, muitas empresas brasileiras buscam a inclusão no DJSI. Ele avalia o desempenho sustentável de empresas em todo o mundo, e a inclusão no índice é vista como um selo de excelência em sustentabilidade.
Certificações
- B Corp: empresas são avaliadas em diversas áreas, incluindo governança, impacto ambiental, práticas de trabalho, comunidade e tratamento de clientes. O objetivo da certificação é redefinir o sucesso no mundo dos negócios, buscando equilibrar lucro e propósito.
- ISO 14001 (Gestão Ambiental): é uma norma internacional que estabelece critérios para a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) eficaz. Ela fornece uma estrutura para que organizações possam identificar, controlar e reduzir seus impactos ambientais de maneira sistemática e integrada às suas operações.
- FSC (papel e madeira sustentável): A certificação FSC é amplamente reconhecida no mercado global como um indicador confiável de sustentabilidade em produtos de origem florestal.
Esses ratings, rankings, índices e certificações são cruciais para empresas e investidores que buscam entender, medir e melhorar seu impacto em questões ambientais, sociais e de governança. Eles desempenham um papel vital na avaliação de riscos, oportunidades e na orientação das práticas empresariais em um contexto global cada vez mais focado na sustentabilidade.