Relatórios anuais e de sustentabilidade contam a jornada e as aspirações de uma empresa na construção de um mundo melhor em um determinado período de tempo. Mas que história que ele vai contar?
Do texto ao design, tudo tem que apoiar a história central que você quer contar
Qual é o segredo para um bom relatório anual? Os profissionais de finanças, que valorizam com razão os números do balanço, provavelmente não vão gostar da resposta, mas a chave é transformar as informações em uma história que seus stakeholders queiram conhecer. Do texto ao design, é preciso usar as ferramentas da narrativa para ajudar as partes interessadas a compreender o que sua empresa faz, por que faz e como faz. O relatório precisa dar a elas motivos para confiar, investir ou trabalhar com a marca. Quando o relatório também é de sustentabilidade ou ESG, a história contada se torna ainda mais importante para tangibilizar as ações desenvolvidas pela empresa em prol de um mundo melhor.
Leia neste blog o texto Jornada de transformação sustentável da Siemens é base para o relatório 2023.
Os formatos dos relatórios anuais evoluíram bastante nos últimos anos. Os mais modernos deixaram de ser impressos, que muitas vezes traziam textos áridos e sem graça, para assumir versões digitais, interativas e humanizadas. O digital tem outras duas vantagens: você não fica limitado a uma quantidade de páginas e, ao final, é muito fácil de compartilhar. E, claro, elimina-se o custo da impressão. Além do formato – impresso ou digital – na hora de fazer o seu relatório, leve em consideração também:
1.Conte uma história: Há muito conteúdo valioso para ser compartilhado em um relatório anual, mas ele deve estar ancorado em uma narrativa central, um tema que tenha influenciado o trabalho da empresa naquele ano. Assim, as histórias contadas ao longo das páginas devem servir para sustentar essa narrativa central. Às vezes, a melhor história está escondida nos números, e é preciso mergulhar neles para encontrá-la.
2. Conteúdo interativo: Aproveite vídeos, podcasts e releases produzidos ao longo do ano para incluir no relatório. Basta um link, e pronto.
3. Demonstre seu impacto: Evite a tentação de apenas listar os destaques do ano. Em vez disso, use dados, depoimentos, citações, histórias individuais e outras informações que ajudem a sustentar a história central. Assim, você vai construir confiança em sua organização e causar uma boa impressão com um material de fácil leitura e compreensão. Uma boa pergunta a se fazer é: como a minha empresa afeta as pessoas, a comunidade, o país e o mundo? E, já que estamos falando de impacto, vale a pena lembrar o post que publicamos aqui no blog "Comunicar sustentabilidade é diferente de comunicar ESG?", no qual escrevemos:
“Para ter impacto positivo, é preciso criar soluções para problemas sociais (globais) ou contribuir de alguma forma para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, especialmente no que diz respeito ao meio ambiente, à economia circular, à mobilidade e à saúde.”
4. Mostre a sua face mais humana: Um dos pilares da governança corporativa é a transparência, que está ligada aos números financeiros, mas também significa que as pessoas querem saber como é sua cultura organizacional, quais são seus valores e quem os representa, e como sua marca funciona nos bastidores. Quanto mais você se expuser, maior será a probabilidade de os diversos stakeholders confiarem em você. Para isso, é preciso procurar oportunidades de humanizar sua jornada, usando imagens de funcionários, clientes e integrantes de grupos impactados pela empresa. Tudo isso, claro, sem deixar de usar a voz da sua marca.
5. Design que apoia sua história: Os elementos visuais contam sua história tanto quanto as palavras. Por isso, muita atenção na escolha das fotos, cores, fontes e ilustrações. Certifique-se de que o design do seu relatório anual reflete a identidade visual da marca.
5. Visualize os números: A neurociência já provou que nosso cérebro absorve e lembra mais as informações visuais. Transforme dados em infográficos e, se for usar tabelas, não se esqueça de colocar título e subtítulo que ajudem o leitor a entender do que se trata. E, claro, faça tudo de forma visualmente bonita, limpa e sem abusar dos números.
7. Não é só interno, é principalmente externo. Um risco grande de estragar a qualidade do relatório anual é fazer conteúdo para agradar só o público interno. Sabemos que as pressões são muitas porque todo mundo quer que seu projeto apareça bem. Mas é preciso lembrar que relatório anual é para contar, especialmente para quem está distante do dia a dia corporativo, qual foi a jornada que a empresa viveu naquele período. Tem que ser uma história boa, bem contada, envolvente.
Quer saber mais? Mande um e-mail para jabuticaba@jabuticabaconteudo.com.br